domingo, 27 de dezembro de 2009



Estou com um pouquinho de saudade daquela sensação de felicidade que nos agiganta e nos deixa tamanho mundo, que faz por alguns segundos parecer a vida fácil e cheia de soluções. Se antes sentia isso com certa freqüência e me considerava privilegiada, apesar de tanta tormenta, hoje faz tempo que não sinto. Questão de caminhos escolhidos. Lá no meu 1º post falava desses caminhos, aquele que escolhemos...Mas continuo tendo uma segurança, a de que esse leme está em minhas mãos...
E por que não guiá-lo por essas águas que agigantam???
Ahhhh se fosse fácil! Mas ao vislumbrar um caminho à frente já imagino muito além daquilo que minha visão permite enxergar e insisto em encontrar tudo isso do lado de lá!
Talvez no momento me faltem forças. Estou cansada dessa continua marola. Não sei se seguirei em frente no ano que se inicia, mas sei que esse ano acabará assim! Do futuro... Quem sabe desse tal futuro, do por que das coisas? Será que alguém sabe de alguma coisa além daquelas que tomamos como verdade para nos sentirmos seguros?? Eu sei do que sinto e é só. É aqui que me sinto segura.
Não quero mais opiniões. Também não quero mais falar de amor, quero sentir apenas...é só, e só....

”Me deixe só
Até a hora de voltar...”

domingo, 20 de dezembro de 2009

..

Quero sem querer, deixando tudo mais passar por mim com uma falta de interesse simples e nítida aos olhos daqueles que pedem atenção. Ciente de tudo que a vida tem a me dar e num caminho diferente do óbvio. Oposto? Não sei. Medo? Sempre. Transitando entre os olhos de criança e os desejos não realizados de mulher, entre a razão e o deixar sem pensar. Agora quando me distancio às vezes nem penso mais, mas levo a certeza da paz que eu sinto quando suas mãos tocam a minha e seu sorriso enche o meu. Algumas vezes me toma uma tristeza leve como a vontade de que tudo fosse simples natural, ou de que nada existisse... Fecho os olhos, durmo achando que o dia seguinte não encararei da mesma forma, que aqui dentro estarei diferente. E quando eu acordo sou canto e música, sou simples e te amo, sou dia a dia e contento, sou esquecimento. Já não importa até quando. Quando já não for mais assim terá acabado, sentirei diferente e talvez o dia não esteja tão claro como esse, e essa brisa não seja tão gostosa... As coisas se tornam estranhas quando não entendemos , os porquês se confundem e é melhor deixar pra lá...

A luz oscila e são sonhos e palavras em que me perco nos dias ásperos, nas mãos doces, acontecimentos plenos, dúvidas persistentes..
Mas sou maior que razão quando meu coração se acalma em um sorriso tolo, carinho reprimido e não luto contra meu corpo! Sigo.
Assumo! Tenho medo, não confio e queria que tudo acabasse em uma palavra, num olhar seguro.
Uma vontade imensa que invade de ser menina no seu peito forte, protegida.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Vamos...

 

Eu e você assim de perto dá
Pra eu me perder de vez nas tuas tintas
Me dê uma noite, um pouco da manhã
Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor
Vamos entrar
A minha casa não é quente
Trago um vermelho pra esquentar
Vamos suar
Com o veneno da serpente
Que eu roubei pra te picar

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Janela do mundo

Existem diversas maneiras diferentes de sentir momentos idênticos e com o passar do tempo, dos dias e as vezes de minutos as coisas mudam. Numa palavra não cultivada, num sorriso bonito ou num silêncio apenas...quem sabe o que faz as coisas serem...o que transforma a percepção. Gosto muito dessa palavra. Algo individual, íntimo, inviolável. Podemos até tentar agir e nos demonstrar de maneira falsa, afetada, mas a maneira que percebemos o momento ,o quão grande um pequeno instante pode se mostrar é única. E exatamente por isso acredito que devemos cuidar da vida de maneira delicada, com paixão e principalmente percebendo o outro que nos percebe cultivando e plantando bons momentos, sentimentos...bem-estar.
Muitas vezes não queremos que as coisas mudem, mas mudam porque está fora do nosso controle a sensação que guardamos no decorrer do tempo... E o tempo...Ahhh...o tempo.
Um prazer inefável de deitar e me deixar levar como se boiasse numa leve correnteza

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Então é Natal

E depois de tanta coisa parece que tudo passou num piscar de olhos, chegamos ao fim de ano e eu me encho de saudades de muitas coisas. Quanto mais se vive mais coisas para se sentir saudades... Do carinho da minha avó, das brincadeiras quando todas as primas se reuniam, do sorriso gostoso de menina daquela amiga da qual já nem sei mais. Saudade de uma inocência que a data me permite voltar sentir como se as luzes enchessem minha alma de esperança e tornasse possível fazer diferente, como se no Natal o maior presente fosse Deus permitir nos renovarmos , pegar tudo o que aprendemos nesse ano e e utilizar melhor.
Algumas pessoas não gostam do Natal, outras não dão a mínima. Eu me encho de alegria e tristeza , de vontade e de amor naturalmente, sem afetação e se as pessoas acham isso ou aquilo, desfilam mil e uma criticas às festas de fim de ano, ou acreditam que é uma boa data para se encher a cara e só, pensem o que quiserem! Eu quero mais risada de papai Noel, crianças encantadas com a neve falsa no verão, transito na Paulista porque todos brecam querendo ver enfeites e apresentações, águas dançando...magia! Porque é assim que a vida tem que ser : simples e mágica! E que todos os meus sonhos, os seus sonhos se realizem !


Que venha tudo de melhor!


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Consciência

Há espaço sobrando...palavras perdidas, carinhos guardados!
Pessoas aparecem, bagunçam, me puxam, tentam me levar. Quero ser levada e o coração fica, sabendo que o tempo em que estou, em que fico, paraliso, pode machucar, não levar, inacabar. Me escondo. Fico. Sigo!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009



Nesse meu grande vôo em que há pouco parti meu coração às vezes é imensidão nas paisagens sem fim, às vezes fica tamanho mundo com as belezas avistadas em outras se espreme, se sente pequeno... Uma questão de paisagens presentes e as que imagino que virão, quando consigo imaginar, quando não consigo é triste, vôo baixo.
Mas mesmo assim quero que amanheça aos poucos, quero que venha de mim e quero que venha do outro. Não quero dar todos os passos, e sim esperar o momento dos seus passos, mesmo com medo de que o momento passe.
Toda uma vida está impressa em mim, no meu jeito, nos meus receios e em tantos mecanismos de defesa, mas já não lembro de nada, não tenho saudades outras, ou sonhos diferentes... Um só!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sempre chega a hora de arrumar o armário



Hoje me peguei sentada dedilhando o violão, papel na mão ...rs... lembrei que não sei mais tocar . Então pensei em coisas malucas, Liguei a TV e procurei alguma coisa diferente, liguei o computador e nada me prendia... Ai meu Deus! Uma inquietação na vontade de me esquecer como se para desligar fosse necessário enlouquecer. Aí tive uma idéia! Liguei uma música boa, tomei banho, lavei a louça que deixaria para a menina no dia seguinte, arrumei meu quarto que não organizava desde aquele dia que a terra parou e encontrei o sossego!
Faz seis meses que estou estabanada comigo, atrapalhada. Aiii que respiro! rs
Sabedoria de mãe: As nossas coisas são reflexo do nosso estado de espírito! Então nada melhor que colocar tudo no seu lugar! E aquilo que todo dia pensava nas horas que perderia organizando terminei tão rapidamente que fiquei até querendo mais!
A gente complica... mas a gente complica muito! E hoje quero mais da vida dias de domingo! É poder ser dona do tempo, reorganizar meus planos, minhas idéias...

domingo, 8 de novembro de 2009

O voo.



Havia vazio e de repente sou inteiro, na paz que eu sinto, quando o olhar que tanto busco acalanta, canta, dança no meu ser que é esquecimento.
Sou ave nova descobrindo o céu num vôo, plano suave no êxtase das alturas. O mundo lá em baixo se colori em cores vivas e sou todas elas, transito entre as cores.
E sou o seu desejo, o seu toque por inteiro, a intimidade criada que nos une nos nossos gestos, nos permite num som de prazer, nosso.
E as palavras que tanto me faziam falta já estão sendo ditas sem dizer. Estou em paz no passar dos dias, já não luto comigo e nem tento esquecer. E o que mais dizer se todos os poros, gestos, olhares, se o corpo se comunica além?
E o amanhã a gente escreve, a gente vive, a gente faz...
Silencio agora mesmo sabendo que talvez seja o momento de dizer. Temo, tremo...fecho os olhos e lembro... Como é bom estar com você...


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Os olhos mentem dia e noite a dor da gente!

 Não sei se preciso dizer mais do que essa frase. Vontade de ser frágil e pequena, de um dia meu, no canto do mundo para gritar as dores, para cansar o cansaço...ser fraca. Ficar quieta e reencontrar a prece perdida.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

...

Ouvindo uma música me veio não a vontade do futuro, mas a saudade apenas, da felicidade quando nossos olhos de bons amigos se encontravam, quando não esperávamos por esse momento mas era prazeroso acontecer, como um carinho dos braços de quem se confia. Quando não havia medo de encostar no peito e dar as mãos, e quando as risadas, histórias, percepções e sentimentos viravam histórias sem fim...

domingo, 1 de novembro de 2009

Mudar....



Jogada nesse sofá num dia de Domingo com roupa de ontem que ainda não tive coragem de tirar, com planos de tomar banho, de comer, assistindo a um filme qualquer onde parei cansada depois de muito zapear, vou pensando e repensando e me encontrando, reencontrando, sentindo a vida e o momento que se aproxima.Estou disposta a grandes mudanças, fascinada pela possibilidade de me desintoxicar de mim mesma de me livrar daquilo que já está velho, de recomeçar, de reinventar. Querendo exercer a arte que tenho tanto orgulho de conhecer tão bem. E conhecendo-a sei que não é preciso apenas saber o caminho, como funciona e querer se jogar. Precisa ser o momento certo e o ponto é esse. Numa hora que sei que posso sair correndo em direção ao abismo porque vou voar alto.

Muitas pessoas querem passar por aqui imutáveis, mas a mudança faz parte da evolução, de tudo que aprendemos pelos tantos caminhos que passamos. E eu tenho me permitido viver, sentir, e isso tem me trazido muitas coisas novas.

Lembrei de um amigo que diz que eu sei viver...Muito se engana aquele que pensa que essas coisas novas são apenas coisas boas. Novos amores, novas amizades, novos lugares, novas dores, novas decepções, novas lutas. Conheci a pouco o que é se arrepender, o que é se julgar, se sentir mal consigo...perdida. Tudo isso faz eu nova, porque já não posso ser a mesma depois de tanta coisa.

Há poucos meses defendia teorias que passei a vida acreditando e fortalecendo e muitas delas hoje não poderia. Mas e daí? Isso me faz melhor porque me permito saber, ser diferente. Não quero me ver com uma idade achando que não dá mais tempo cheia de ses... NÃO! Não quero. É difícil mudar e o que eu tenho levado aqui dentro até aceitar isso apenas eu sei...Muita coisa aconteceu. Mas eu me aceito e aceito tudo isso e quero ser o que meu coração e alma pedem. Já não importa!

O que importa é o fascínio de misturar todas as experiências e sentimentos e ser o que eu quiser cabendo apenas a mim decidir.





“Somos o que alimentamos em nossos pensamentos!!”





“FUNDAMENTAL É SER FELIZ!!!”


sábado, 31 de outubro de 2009

Tamanho Mundo






 
Quando pouso sou turbilhão, mas quando abro as azas sou tamanho mundo. Grande. Início e fim.




quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Casulo



Quero me encontrar em olhares, te saber nos lugares, me perder em você. O vazio me invade, me calo e acho que chego a esquecer. Mas te encontro no silêncio, te encontro no meu cheiro e nesse sorriso no espelho. Aqui longe me acho forte mas já não sei o que será diante desse olhar. Sonho novamente com as minhas mãos grandes tão pequeninas dentro das suas...esqueço. Ando em avenidas sem saber querendo me perder, querendo esquecer no conhecer, mas já é noite não quero mais, quero me recolher, me encolher, me guardar, esperar e ter com você, só para você...

domingo, 18 de outubro de 2009

Confortavelmente

Queria falar de todas as dores mas estou incontestávelmente feliz, queria falar do quanto tudo é complicado mas estou simples, sem grandes adjetivos, queria falar de amores mas estou surpreendentemente em paz, queria falar de medo...
Não sei mais se é a vida ou se sou apenas eu mesma que me surpreendo, talvez os dois. Mas ela vem chegando, engraçada, divertida, fácil, prazerosa e eu vou brincando numa dança sem fim...me sentindo confortável.
Já parou para pensar que a maior parte do tempo estamos nos sentindo desconfortáveis na vida? E agora me pergunto se esta sensação tem a ver com imaturidade, ou será sempre assim... Sei apenas que tudo vem dos caminhos que escolhemos. É engraçado como nos obrigamos a conviver com pessoas que não nos acrescentam em nada, a freqüentar lugares que não se encaixam, a aceitar um amor que já não existe...E a gente vai vivendo, se conformando com o incômodo, aceitando tudo de ruim, como se já não bastasse aquilo que engolimos por termos a certeza contestável de não termos controle, o despertador que toca , a poluição corroendo logo cedo, o emprego indesejado. Como se não bastasse aceitamos tantas outras coisas que estão nitidamente as nossas mãos para optarmos. Mas optar é complicado. Aceitamos. Num caminho mais fácil talvez. O absurdo é aceitar ir dormir desconfortável, acordar, viver desconfortável! Aceitando...aceitar...Por que? Medo!
Porque a partir do momento que optamos, tomamos a rédia e passamos a ser responsáveis pelas conseqüências ( como se não fossemos quando apenas aceitamos, sendo mais fácil culpar o tal “destino”). E isso não é apenas ser gente grande??? Mas são tantas coisas que mudaram não é? Um dia você teve que passar a escolher você mesmo a sua roupa e encarar aquela colega de escola tirando um sarro, teve que escolher uma profissão e encarar aquelas aulas maçantes e esse emprego insuportável, que escolher o que ia comer e olhar essa barriga cada dia maior...Por que não deixar apenas o destino levar...??
Não sei de muita coisa mas acredito que tudo é uma opção. Hoje opto por me sentir confortável na vida como uma roupa que me cai bem podendo fazer pelo menos as pequenas escolhas que estão no meu momento presente e traçando um futuro, para poder sempre chamar essa vida de MINHA.




terça-feira, 13 de outubro de 2009

Quarto de hotel

Ultimamente peguei um gosto incalculável por essas minhas viagens. Se outrora quando entrava num quarto de hotel me sentia extremamente sozinha, e suas paredes, seu cheiro, seu gosto me incomodavam, perturbando meu sono, consumindo dias, hoje sinto um prazer praticamente sensível ao tato. Ao chegar, após duas semanas sem viajar, faço desse canto meu, onde minhas palavras, suspiros e pensamentos só a mim pertencem. Quando me estabeleço na casa de um outro, mesmo sozinha, me sinto como um móvel no lugar errado. Sou tomada agora por uma leveza...Gosto de estar só. Não que não goste de estar com os outros, com bons amigos, boa conversa...Mas gosto de me recolher a mim, aos meus pensamentos, escutar meu dialeto, raciocinar, não precisar chegar a lugar nenhum,e chegando, se assim quiser. O silêncio. Paro e o som que escuto é o ressoar das últimas teclas apertadas em meu teclado...Ahh... o silêncio! A leitura, as histórias tantas pelas quais me aventuro, a música que me transporta e os meus contos que deixo existir apenas em minha mente sonhando um dia conseguir transcrevê-los.

A cidade desconhecida nada fala a mim. Acordo para mais um dia e pouco levo dela. Não quero levar nada além da sensação. A cidade também não me observa. Sou apenas o hoje e serei esquecida assim que cruzar a estrada. Gosto da cidade estranha que nada espera de mim, do quarto até ontem ignorado e rapidamente familiarizado. Gosto do tempo quando a única imagem que me prende é a minha a passear e a observar com olhos de criança. Nesse tempo posso rir de mim, das trapalhadas que apronto, de dores sentidas...gosto muito de rir de dores sentidas observando atenta momentos em que me faltaram a razão. Gosto de observar histórias...minhas, suas, dos livros. Preciso desse tempo para tanto.

E quando tenho meu tempo e o tempo acaba, gosto mais do outro, porque o outro está no espaço vazio apenas ocupando o qeu já lhe era cabido.
Queria que a paz desse pequeno momento que já faz parte de mim rolasse pelos dias...

Por fim, estou feliz, eu, o silêncio, meus pensamentos e meus livros. Daqui a pouco talvez terei saudade, farei contato, conversarei com amigos amados e me sentirei ainda mais completa. Eu a encontro em todas essas pequenas coisas sempre que há paz em meu peito.


sábado, 3 de outubro de 2009

O respeito no meu mundo ainda perfeito....

Já passei por diversas mudanças de grupos na minha vida, e sempre gostei de entender cada mundo nas suas diferenças, as vezes me encaixando, outras não.
Uma coisa engraçada aconteceu com as ultimas pessoas com quem ando envolvida. Se antes as pessoas encontravam em mim uma certa simplicidade agora passei a ser chamada de “burguesinha” ...rsss.... dito de alguma maneira pejorativa.
Primeiro estou lembrando aqui que se há 12 anos me chamassem disso eu levaria como a maior das ofensas...rs...e talvez nessa época eu realmente o fosse. Mas não é disso que quero falar. Escuto tal nome como se fosse uma coisa ruim, e acabei por ver que realmente me diferenciava até que hoje talvez sinta uma nítida diferença mas que sei não estar intrínseca, em momento algum, no valor da conta bancária, ou nas oportunidades vividas, nos bens.
Passei por uma situação recente e penso o seguinte: Desde que eu nasci, em casa ou na escola (Salve, salve as aulas de Ensino Religioso que pouco tinham a ver com religião mas com comportamento. Salve Caê!) eu aprendi sobre a palavra respeito, sobre a sua liberdade ir até o limite dos outros, sobre responsabilidade. Uma semente que foi plantada em mim e aqui fincou suas raízes.
Estou vivendo num meio diferente de todos pelos quais passei ( da escola, da faculdade, das pessoas do interior ou da distante periferia de são Paulo, que serão sempre meus amados). Há uma constante falta de respeito e limites, uma coisa que tem me deixado escandalizada. Vejo muito pouco respeito com a mulher, com o mais velho, com o chefe... se torna raro observar respeito com as pessoas de modo geral.
 A maioria das pessoas com as quais convivi, entre todas as suas diferenças, elas se respeitavam, se em algumas vezes não por quererem, ou por saberem o certo, por vergonha.
Respeitar vai muito alem de ser cordial, é não agir de maneira alguma que leve a invadir o espaço alheio, é aceitar as crenças de cada um, é não enganar, não jogar com sentimentos, não debochar da cultura e da criação de cada um... Podia passar horas falando do que é respeito para mim...
Não digo que nunca faltei com respeito a ninguém, mas isso sempre me causou profundo constrangimento e sendo assim não posso considerar natural.
As pessoas estão se tornando estranhas, numa disputa individualista por alguma coisa que nem elas sabem o que é ao certo. Muitas vezes perdem oportunidade de ter coisas preciosas como uma boa amizade.
Isso me traz uma certa nostalgia... Saudade de pessoas tão amadas, saudades das brincadeiras saudáveis da escola, da vida simples do interior, do jeitinho meigo da ex namorada...saudade de um montão de gente.
Não... não sou burguesinha( e o que importa se for??) , mas sim! Sou diferente! Eu luto para ter um coração melhor e tenho Deus como o meu guia. Eu respeito.
Sou feliz com meu caminho...feliz com minhas escolhas que mesmo erradas me trazem grandes lições, e feliz por sempre, seja onde for, sempre ter uma pessoa ou outra com o olhar bom.
...

Caráter não é definido pelo o que ou quanto se tem...


E são nesses momentos que vemos as estrelinhas que se destacam na escuridão...Preciso muito agradecer amigos amados que fazem o meu mundo completo. Que arrancam esse sorriso bobo que eu tenho, e colocam toda essa magia no meu olhar...


... e o Mundo ainda é perfeito!!!!!! Rsssss....



"Vida vida vida...vida breve... se eu não posso te levar, quero que vc leve....Leve, leve."


domingo, 27 de setembro de 2009

"Tem aquele que parece feio, mas o coração nos diz que é o mais bonito" (palavras)

Sorriso na centelha de amar, nos riscos no tempo, no desencontro das palavras.
Então te encontro já na hora passada...
Os sentidos desconexos de sons perdidos no ar.
O momento que passou e já foi nessa onda do mar.
E é nas estrelas que vejo sonho com aquilo que se foi sem mesmo começar
No encontro da areia com o mar, mar com o céu, céu...no momento de amar
O escuro sou eu e me transfiro. Brisa da noite e agora já posso realizar!
Sonho sonho.
Palavras. O som que falta, o gesto que não há.
E quero tanto parar. Rocha me isola. Quero que o sonho vá embora!
E como não amar mais?
Ando entre tantos, pessoas que nem sei o nome, querendo apagar.
E parece que sempre vem mais forte como a ressaca do mar.
Eu só precisava dizer “não!” e não consigo parar.




.....


Acredite no amor,
Apenas mais uma vez, acredite.
Acredite que duas pessoas podem não ter nada, mas acordar juntos e em silêncio se sentirem as mais ricas do mundo por ter uma a outra.
Acredite que podemos sentir a presença do outro tão forte dentro de nós que chegamos a nos confundir.
Acredite que há alguém que estará sempre te esperando voltar para casa, que sentirá falta de vc até mesmo quando estiverem em cômodos diferentes, que saberá que está chateado apenas ao olhar em seus olhos e assim respeitara seu tempo e silêncio, segurará sua mão, te trará um leite e o fará lembrar como é bom estar vivo!
Porque o mais simples é o amor que se traduz em não precisar complicar.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Oportuniade.

Correndo nos dias de expressão corrida, perdendo sonhos e realizando.
As cores diversas aos pés dos loucos vão pintando os dias
Com a coragem na ponta da língua e no coração adrenalina
Eu não sei de frio, de balanço nem de descanso
Sei de ventania que leva sem sentir mudando o chão sem pára-brisa, escorrego, vou embora.
Medo! Planos!
Água que escorre rio não para. A pedra que tenta, o galho que precipita. O rio não para! Segue.
Palavras, palavras. Além de tudo aquilo que era. Agora é.
Voando longe de casa num vizinho distante, branca e leve lá em cima
Num novo como novo, novo tudo de novo, tudo novo.
Medo.Tesão.Tensão!
Músculos duros na risada solta de oportunidade dita.
Alegria, borboleta de cores vadias, se perdendo
Corpo que sente, coração que fraqueja. Razão
A confusão está feita!
O coração quer a razão manda. A razão segue e o coração me prende!
E agora é a minha hora! Eu estou indo embora.

sábado, 19 de setembro de 2009

Um pouco de mim

( esse foi escrito a um tempo ... mas eu gosto! Achei no computador velho)


Eu? Faço-me e me desfaço a toda hora. Intensa no que faço e certa no que desfaço! Sou tudo aquilo que me faz rir, que me faz sonhar acordada, que tira meus pés do chão, que me faz voar. Sou o prazer de contracenar, de cantar... Sou a música e a poesia... Muitas vezes sou assim mesmo como estão me vendo ... só que de ponta cabeça! Simplesmente não importa Que se dane qual é o caminho! O que interessa é que sou feliz! E o que quer ser o contrário, quer trazer o avesso já não me serve! Eu? Eu caminhei por essa longa estrada e OPTEI POR MIM! Posso sentir até que sou o mundo inteiro transbordando por meus poros!..e não preciso definir... porque amanhã posso ser eu, diferente... Posso gostar de café, e achar que beterraba tem o melhor gosto, mas serei eu e por me permitir, e mudar... sou feliz!


Sobre meus erros...São vários e muitos. Eles? Me fazem rir e adorar ser humana!
 Canceriana, e para ajudar com o ascendente em câncer. Choro. Dói...(mas são só 5 min.! )

Mas não sou só eu...sou vc também!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Permitir

E já não tenho mais medo, nem dos meus enganos, porque sei que todas as respostas estão dentro de mim. Não tenho medo da solidão que me proporciona conhecer cada cantinho. E quanto mais força encontro dentro de mim mais me engrandeço e acredito.
Minhas pernas já sabem e confiam, sinto a certeza não de conhecer o futuro, mas de saber que sobreviverei sempre. Então porque me deixar abater se são apenas passagens tristes, momentos difíceis? Deus estará sempre aqui a iluminar e preencher meu ser e a fazer de mim essa pessoa que conheço mais e mais a cada dia. E todos os dias fico admirada com as possibilidades, com as habilidades, com o ser em que me transformo. É inacreditável como o tempo todo esteve aqui, dentro de mim!
Hoje me sinto livre num espaço que sentia falta. Uma liberdade muito diferente da que ouvimos por ai. Livre para mim, precisava de um tempo para ser apenas minha.
Às vezes nos falta apenas permitir. Permitir um sorriso para desmanchar aquela tristeza que trouxemos a semana toda estampada, para que venham outros e a gente esqueça de tudo aquilo que nos angustia. Permitir dizer bom dia acreditando na inefável experiência de ter um dia novinho pela frente para fazermos o que quisermos dele. Permitir fazer um simples elogio e termos a certeza para o resto do dia que fizemos a diferença para alguém...Permitir ficar em silencio, fechar os olhos e sentir o balanço suave da paz!
Permitir parar de fugir e olhar bem fixamente para si mesmo. Fugimos tanto e não percebemos! Queremos sempre achar no outro e corremos. Corremos da gente mesmo, numa inexplicável angustia. Nos perdemos.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O segundo de se decepcionar... ( A canção tocou na hora errada...)

Enganos e desenganos diante da lente fantasiosa que visto em meus olhos de amar.
Tantas oportunidades de passar por cima desse medo de sonhar outra vez, e ...
E tudo se desfaz, o sonho da menina, o grito, os sentidos , os sentimentos, a luz dos olhos que se apaga. E tudo se vai no segundo de se decepcionar.
Resta a vontade de ficar realmente só.
Resta esperar o tempo para levar
Resta a sensação de perda de algo especial que vinha guardando, como se não tivesse valido. A entrega...
E no final o que vale é o significado dos momentos para mim que quero guardar intocados, sem resquícios de sujeira que a realidade traz.
São tantos enganos...
E no final a palavra sempre é a mesma: Eu sigo.
Sempre menina, sempre ... sempre desse jeitinho que só aqui sei abrir. Continuando a ser o avesso, continuando a tentar entender as pessoas.
E no final...q ser humano louco esse! Quanto mais tento observar, entender, estudar sobre as pessoas, vejo que menos as entendo.
Pois de qualquer maneira, sigo. Mais um dia, mais uma história, e as paginas vão se preenchendo.


"Eu vi você, até sentir tua mão,
E achei até que me caia bem como uma luva,
mas veio a chuva e ficou tudo tão desigual"

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O GRITO

Não sei mais do vento nem do tempo. As coisas passam e não reconheço.
Socorro! Eu quero gritar mas a voz silencia no sentimento tolo.
E quando há brisa só contento, tempestades não há!

Mas tem horas que apenas não venta.
O medo...! Novamente quero gritar!
O vazio na multidão me assusta como ter tudo e ainda faltar.
E as palavras sem sentido apenas se desfazendo no ar...
E o sentido é certo e vago. A vontade se anula.
O ser só.
O tempo vira cura, vira amarras, vira tormento..
São as horas que não passam e os anos que voam .
É ser humano e assim não se conformar.
É tanta coisa, e é ser eu e tudo mais.
Difícil é ser...desejando apenas permanecer.
Pois por uma ultima vez tento gritar (SOCORRO!!!)
De agora em diante vou me calar.

sábado, 29 de agosto de 2009

Só o momento de amar...



Era apenas mais uma menina, seguindo o vento. Todos a observavam, a achavam diferente. E o grito dela, a sua angustia, era ser tão simples, o oposto da imagem...
Para se esconder dos dias e suportar o engano ia distraindo a verdade, seguia. Ahhh essa menina! Apesar de tanta coisa, das marcas que desde cedo apareciam ela ainda acreditava no amor.

Agora a menina já era mulher apesar de ainda menina. As vezes percebia que quanto mais mulher mais menina se sentia. Quanto mais ela entendia e se chocava com o mundo mais simples, com mais medo se via... E essa menina procurava desde cedo, e desde cedo foram tentando corromper o seu amor. Enfim, do amor a menina se escondia. E na impossibilidade de encontrá-lo decidiu ocupar os espaços, decidiu se dedicar aos outros, achou um outro tipo de amor, um amor dedicação, amor ajuda. Trouxe felicidade na vida de quem teve a alegria de viver com ela, despertou amores dos mais sinceros, mas ninguém jamais soube o quanto que suas noites eram longas. Quando a noite caia a verdade já não podia mais ser distraída, ela vinha e essa menina sonhava, e quando o sonho se desfazia permitia uma lagrima, mas permitia apenas uma só, e seguia.
Aprendeu a brincar de roda com a vida para se distrair...sempre mais menina. Quando olhava nos seus olhos as vezes me entristecia...Era de tão pouca coisa que precisava essa menina. E ela de tanta coisa que possuía não conseguia o simples.
Um dia então sentiu o coração acelerar naqueles momentos que só o momento de amar. Ela tentou escapar mas não podia sair do seu corpo e ignorar seu sangue, seus sentidos. Caiu, caiu em amor, se enfeitiçou. Mais uma vez tentou distrair a verdade se convencendo que tudo era uma brincadeira, mas não durou um minuto para ver que aquele sentimento de tão intenso doía. Era só uma menina e nunca entendeu dos jogos da vida. Sempre acreditou que jogos são apenas jogos e que vida eram sentimentos puros e expostos. Seguiu pelo caminho que não conhecia, com medo. O caminho foi se escrevendo de risos e lágrimas, o seu mundo quantas vezes esteve em meio as mais lindas estrelas e quantas se viu diante da realidade que não queria enfrentar. Houve sofrimento e o amor ao invés de ir embora se fortaleceu.
Ah.. ela era tão certa de si e hoje já não sabe mais que palavras usar, que atitudes tomar...Tem dias que apenas se encolhe no seu quarto e sente medo. Nem a própria menina nunca viu ninguém acreditar no amor como ela mesma nesse momento acredita. E o amor para ela é tão simples...é um mundo de menina...ela não consegue equacionar a racionalidade dele. E ela o vê, seu príncipe , e ele não precisa estar perto para que ela sinta seu cheiro. Muitas pessoas tentaram ensiná-la lhe dizendo que devia esconder, que não podia dizer, mas ela no seu jeito maroto de menina se entregou. Entregou seu corpo, seu coração e espera. As vezes queria ter a sabedoria da mulher que é, mas no fundo sabe que é apenas uma menina com a vontade simples de chegar em casa e cuidar do seu amor.
E ela segue mais um dia, e mais outro, tentando colher os passos, conversando com Deus, tentando decifrar a vida...

“Me deixe sim. mas só se for pra ir ali e pra voltar
Me deixe sim meu grão de amor mas nunca deixe de me amar
Agora as noites são tão longas no escuro eu penso em te encontrar me deixe só até a hora de voltar
A cama agora está tão fria, ainda sinto seu calor! Me esqueça sim mas nunca esqueça o meu amor
É só você que vem no meu cantar meu bem É só pensar que vem

Me cubra de mil telefonemas depois me cubra de paixão
Me pegue bem misture alma e coração”

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Tudo e mais...: Sentidos

E são borboletas...asas e transformações.
Mais do que isso tudo.
E sentir-se grande. Feliz!
O simples. Pequenas coisas. A felicidade na falta. Falta do que?
O passo. Dado, perdido, seguido...
O coração. Sim, esse - o coração. Agora apertado. Feliz e pequeno, espremido
Adiante o cansaço. Pois então paro.
O caminho percorrido. O trajeto a frente.
Pois venha você.
Esperar.
Será que existe limite?
E o certo? E o errado? E o valor dado? Ou o valor perdido...
Situação. Controle...controle! Será o seu oposto o descontrole?
Apenas não saber.
Novamente, Sigo. Para onde?
Espero!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Natureza ( um pensamento em Morro de São Paulo)

O momento é o mar, no meu sentimento onda, busquei a paz na areia que estava sempre aos meus pés, nas ruas, na praia, em casa...mas sempre mudando, sempre se movimentando.
O momento é o céu, infinito, puro, belo, sem a mão bruta do homem.
O momento todo na verdade é a natureza enfim plenamente feliz, Feliz porque está só e se encontra em sua abundância, podendo realizar seu ciclo perfeito sem a mão daquele que a corrompe e que a invade como se não merecesse respeito. O homem que arranca dela tudo aquilo que precisa sem pedir licença, sem trazer de volta, sem se importar, interrompendo, invadindo, se intrometendo.
Mas o meu momento predileto é lua e ela veio cheia para me cumprimentar. Sendo lua eu também estive cheia de mim e repleta de luz. Sentei na areia, naquele momento, em que a mata me abraçava, e o céu me permita, e pude sentir dentro de mim a abundância na solidão, no momento de contemplação, sentindo-me complemento do ciclo, completa em Deus Natureza.
Eu, LUA, volto. Volto nova, mas não nova e cansada, ou renovada, pois quem se renova leva o velho. EU LUA sou nova. Sou bela e forte, e inicio e acabo.
E agora? Agora o momento é meu! E eu sou eu mar...nada de gota no oceano....rs

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

vida, vida....

Chega uma fase da vida em que sabemos muito bem a teoria. Como viver bem, como não sofrer, como controlar mente e sentimentos, como ter paz, viver zem... Mas sabe qual é o problema? As vezes simplesmente não queremos. Alguns possuem medo, outros preguiça. O mal que me aflige agora é simplesmente não querer. Não querer esquecer, querer alcançar a paz novamente mas por um outro caminho, é a persistência que mesmo idiota não se abate.
Pois o sonho que vive em minha mente está entre as coisas mais lindas que eu ja conheci, e quando fecho os olhos consigo sentir o prazer dos dias em que você está, mas quando abro os olhos é triste.

" não é fácil não pensar em você, não é fácil, é estranho não te contar meus planos, não te encontrar...Na verdade eu preciso esquecer, não é fácil, não é fácil..... Se vc quisesse ia ser tão legal, acho que seria mais feliz do que qq mortal. Não é facil... é estranho"

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Luz dos olhos...

Era só dar uma chance para nós 2 e deixar a vida se encarregar.

Era só um sim que faltou nesse vão, que por vezes pequeno e não pude acabar.

Era só olhar para mim e confiar em meus olhos, segurar minha mão, que eu tinha a certeza do caminho.

E o seu olhar demorando no meu, e sua mão a segurar a minha sempre me traz a segurança que suas palavras não dizem. Mas quando o seu olhar não está no meu, perdido lá fora...já não sei.

E eu sento aqui, deito, tomo meu café, vivo, sigo, esperando que o sol te traga, que a lua reflita seus olhos....E eu que pensava que não ia nunca mais me apaixonar na vida.

Eu estou feliz, porque com você no meu coração sou mais completa, sou melhor quando penso em você. Mas tem vazio também, Vazio no peito, na mesa, na cama, no sofá.

E o seu olhar demorando no meu, e sua mão na minha... pra acalmar o meu coração.

Loucura... se aloucura for sempre doce assim...

E o vazio, ele está ali ao lado da esperança,...es-pe-ran-ça, ex-perança, pois uma hora não espero mais. Te tenho, te invado, te amo, me entrego. E é tudo tão certo. E é tudo mais.

E o meu olhar no seu é luz nos seus olhos a iluminar nosso caminho. E quando desvio, esquece. E quando me vou, quanto de mim fica?

O amor a tantos anos a me cortejar e eu dando de ombros. Forte e bela, não me deixando afetar. Pois dessa vez ele me pegou de jeito, me fez levitar, sonhar...Me rendo. mE rendo a você! Você que no fundo sabe quem eu sou, que possui um coração que acredita em mim. Você que em minha vida tem se feito a melodia mais bela.Estou agora só a procurarar a luz dos seus olhos a me sustentar. Sigo.

"Não importa mais o que foi perdido, importa apenas o teu sorriso; e nada mais"

terça-feira, 21 de julho de 2009

Partir, andar

Certo é que é preciso estar sentindo para poder escrever, compor.Mas num turbilhão de sentimentos consigo pensar só naquilo que é. A vontade de escrever é sobre fatos e não sentimentos.
Sentimentos são muitos: indignação, amor, beleza, vergonha, medo, segurança, cansaço...Cansaço! Casada para dizer. Simples para contestar. É isso! Estou vendo tudo simples demais para por em xeque a louca complicação.
Quero partir, e andar num mar distante.Sentir a brisa e deixa-la me tocar com os meus sentimentos mais intensos, escondidos, e depois levá-los. Solidão. A Paz. Deus!

Andei por aí, em meio a concreto, seres humanos e fumaça tentando falar de amor. Mas esse concreto todo está em mais lugares que nossos olhos podem alcançar.
Me nego a tristeza, mas diante da esperança, dos planos, do futuro sonho, um inevitável sentimento de perda. Mas bem muitos já diziam e eu cedo aprendi que delas é feita a vida. Perder um sonho. Criamos tantos não é mesmo? E como é difícil deixar um para trás! Quando as forças faltam ... Borboletas....
Sim isso mesmo. Borboletas...
Quero guiar meus pés pelo caminho mais bonito, seguindo a agua na correnteza que vai leve atravessando seus obstáculos, pedras, galhos, penhascos, levando e protegendo a vida em seu ventre, sempre calma, sempre bela...O rio e as borboletas.
Partir, andar, seguir o caminho, respirar, encontrar, admirar. Felicidade!
Ah! Férias!

"Partir, andar, eis que chega, é essa velha hora tão sonhada nas noites de velas acesas, no clarear da madrugada.
Só uma estrela anunciando o fim sobre o mar, sobre a calçada. E nada mais te prende aqui. Dinheiro, grades ou palavras "

terça-feira, 30 de junho de 2009

aos 27...

Quantas primaveras diferentes se foram, umas com cara mais de inverno, tantas com jeito de outono..., mas as flores voltaram como um presente de Deus, e reguei, cuidei de cada . Agora as estranhas primaveras é apenas passado de um jardim que realmente precisou dessas épocas tão estranhas para ser tão belo.
Chego aos 27 anos, mais mulher, mais feliz, mais criança.
Precisei até mesmo crescer para aprender a ser a criança que não fui na infância, a brincar com a vida, a dançar com os problemas, a desvendá-la com a simplicidade que só os olhos dos pequenos poderia.
Precisei ser muito infeliz para descobrir a felicidade nas pequenas coisas, no dia a dia, no nascer do sol. Que a vida me pertencia e que o rumo que a minha vida toma depende essencialmente da minha vontade.
Precisei ficar de mal com Deus e com o mundo para perceber a Sua presença ao meu lado e as inúmeras vezes que Ele me carregou no colo , os caminhos da vida...Acreditar acima de tudo.
Tanta coisa a realizar pela frente. Tantos sonhos para se concretizar... E eu estou aqui pronta e saudável para plantar e colher. Estou em paz. E o que mais podemos esperar dessa vida?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O QUASE

O texto não é meu e até por isso resolvi posta-lo com letra diferente, mas traduz tanto o que eu penso que foi inevitável compartilhar aqui. Não conheço a autora, mas tentarei saber mais dela. então aí vai:
O QUASE

Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

"... gosto dos que tem fome, dos que morrem de vontade, dos que secam de desejo, dos que ardem..."

terça-feira, 23 de junho de 2009

Em primeiro lugar quero dizer que este mundo está muito doido. As pessoas estão acostumadas a maldade e esperam maldade. Até os gestos bons são vistos com segundas intenções.
Que mundo louco esse, onde as pessoas não podem ser o que são!! Vivem em uma luta imensa para ter e com isso serem melhor aceitos, e só esperam o mal. Se enchem de escudos e armadura, se perdem em si.
Me pegunto: Será que eu que estou errada destoando tanto??? Será que só eu vejo que isso tudo é estranho, e sendo assim é estranho apenas para mim??
Estou sentindo uma mistura de frustração com decepção que grita em meu peito e sai constantemente traduzido em lágrimas. Não são lágrimas de dor, nem de ódio, mas de decepção apenas. Cansaço.
Queria um mundinho simples e só. Um mundo construido sobre confiança, amor, respeito...
Amo a minha vida demais, mas as pessoas andam me assustando...
Pessoas... Simplifiquem.
Bom... devo estar na crise dos 27... eles estão chegando....pik pik canceriano para mim! Que venham bons textos, boa inspirações, em coisas belas e felizes... Um jardim de flores e de anjos para mim!!!!rsssss....
Ah! Amanhã tudo se ajeita.... Esse é o combustível!!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Diversidade

... Mas vejo as palavras, a literatura, o teatro, a música...Tanta coisa que eu gostaria de conhecer mais. E o mundo me parece tão grande e eu tão pequena...Mas quando vejo todas as possibilidades, e tantos caminhos sou grande de novo e cresço e fico maior que o mundo. E essa sensação de que posso abraçar o mundo com as pernas que minha mãe tanto critica me parece maravilhosa.
Diversidade! Essa é a palavra que me fascina no mundo. Ser tudo tão diferente e sua harmonia tão bela. Gosto de estar ao lado de pessoas diferentes de mim e que me acrescentam, me completam. Que só de observar aprendo. Porque se fossem iguais seria vazio.
E eu sou a diversidade sendo o oposto da minha própria imagem. E me sinto completa na minha maneira de ser, mas triste de saber ser tão poucas as pessoas que me conhecem, e sabem essa menina simples, com desejos até arcaicos, que sou. Porque sou, porque é o que meu eu tem vontade, mas aceito e admiro o outro que também é o que tem vontade. Gosto de ser a atriz e a espectadora desse teatro sem fim.
Me sinto triste não pelo o que as pessoas pensam porque isso pouco me faz conta, mas por algumas vezes querer ser vista por aqueles próximos de maneira simples, de não querer ter que fazer uma introdução sobre mim toda vez que fosse explicar um sentimento.
Hoje eu estou redescobrindo o amor de uma maneira tão bela e doce ( por mais que em vezes amarga). É uma coisa só minha, pouquíssimas pessoas sabem o tanto que esse sentimento é raro e precioso para mim. É... não sabem de nada....
Mas o negócio todo é a diversidade! Rsssss
O negócio todo é o mundo estar existindo, e eu, e os outros, em mundos tão diferentes. Imersos. E como entender aquela vida que não vivemos?
Queria que vocês entendessem como tudo explode grande e maravilhoso em meu peito e saber se alguém também senti. Mas é inexplicável.
Da vida? Quero os caminhos que vierem. Sou confiante em Deus, e apenas desejo, e peço, a paz, a calmaria, a cumplicidade. Mas o que vai vir? Seja lá o que for vai ser rico! E eu agradeço.

terça-feira, 9 de junho de 2009

NO LIMITE DA RAZÃO!

Essa é a frase que passou a me definir essa semana. Vim ensaiando para escrever mas nunca quis dar ao meu blog uma cara de diário ( apesar de não deixar de ser), e como a poesia me falta nesse momento, evitei...Mas preciso dizer:
Alguém aqui que me lê já sentiu de repente que havia encontrado todo o segredo da vida, um caminho que estava ali traçado para você faz tempo e você não enxergava??
E quando para percorrer esse caminho não é necessário só você?
Não quero dizer pois escrever aqui transformaria tudo em fato muito mais real. Queria esquecer, mas é difícil deixar para trás algo que me parece tão certo.
Lidar com sentimentos novos...outra coisa complicada.
Meu trabalho essa semana tem lembrado muito um texto que escrevi aqui outro dia. Muita maldade. Maldade gratuita, que eu não entendo.E eu achando que o mundo anda cada vez mais estranho. Ando triste, mas feliz por saber que tudo passa. Fases são assim mesmo e tempos ruins costumam anteceder coisas muito boas.
Ah! Mas no meu serviço a gente aprende uma (!!!!!): Tá ruim? ... pode ficar pior.
Só rindo muito dessa vida. E permito a tristeza só 5 minutos....No resto... Amo muito !


" Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...

Não, cansaço não é...

É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Não.

Cansaço por quê
É uma sensação abstrata
Da vida concreta —
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...

Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.

(Ai, cegos que cantam na rua,

Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)

Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Triste

“ Não há precipícios na vertigem do amor, só descobre isso quem se jogou”


Hj estou triste e mal sei o que dizer. Uma mistura de decepção com... com tanta coisa. Uma queridíssima amiga em seu comentário falou do medo “ e o medo onde fica??? Fica para depois” Mas nem todos o deixam para depois, muitos fazem do medo o seu momento presente, constante. Enquanto isso nós que nos entregamos à vida corremos o risco. Risco de colocar alguma coisa preciosa nas mão da pessoa errada, e mesmo assim nos jogamos no abismo na esperança de voar. Eu quis voar alto e o mundo se apresentou frio e calculista. EU que sonhava e vivia em nuvens, as vi se desfazer virarando concreto.Guardei tanto, reservei, e perdi. Perdi por acreditar. E não foi acreditar em alguém mas por acreditar em mim, na vida, na energia e no porquê. Mas as coisas nem sempre tem um porquê. Estou triste. Decepcionada. E sigo. Amanhã novo dia .E é só seguir o que se tinha... e eu queria mais...


“Hoje estou triste, estou triste.
Estarei alegre amanhã...
O que se sente consiste
Sempre em qualquer coisa vã.

Ou chuva, ou sol ou preguiça...
Tudo influi, tudo transforma...
A alma não tem justiça,
A sensação não tem forma.

Uma verdade por dia...
Um mundo por sensação...
Estou triste, a tarde está fria.
Amanhã, sol e razão.”

segunda-feira, 18 de maio de 2009

e o amor?

Mas o amor se esconde de mim e insisto em traduzi-lo em segurança. O confundo, o perco, o inverto, e já nem sei.Tantos quiseram falar desse sentimento e defini-lo , e discutir o que não é amor. As pessoas fazem barulho demais!
Pois hoje minha cabeça esta cheia de perguntas, de condições de “ses”. Vozes ecoam.
E amar não era apenas para ser???Como sentir dor. Você queima o dedo e “AI”
Mas tudo se complica e são tantas as formas , as maneiras, as verdades...
Me perco em meus sentimentos, me divido, me isolo, me desentendo. Complico, respiro e deixo acontecer...E o que foi isso que aconteceu??? Não sei!
Sei apenas que sinto que há muito tenho fugido, me protegido e perdido

"A gente não percebe o amor que se perde aos poucos sem virar carinho.Guardar lá dentro amor não impede,que ele empedre mesmo crendo-se infinito.Tornar o amor real é expulsá-lo de você, prá que ele possa ser de alguém!"

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sinto...

Porque para uns sentir é apenas acessório e para mim é tudo aquilo que sou e me transformo. Porque transpareço, e sou, e transpiro tudo o que sinto. Pois sentir é razão de ser e motivo e questão. É o tesão que tantos procuram. E quando já não sinto não há mais motivo não há mais direção, é preciso enxergar, é preciso renovação.
Quando não sinto há vazio, espaço em branco , tela sem pintura. Não há graça nem imaginação. Sou um eu apagado, sem brilho, sem melodia. E nesse momento não sou eu.
Eu sou algo intenso, além dos limites. Amor e ódio, dedicação e indiferença. Ou força e garra e em outra vezes sou até destruição! Mas sou forte e definida.
Sou contra a apatia!



"Eu gosto dos que têm fome

Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem…"

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Devaneios de inverno

"As vezes ando só trocando passos com a solidão...momentos que são meus e que não abro mão..."

Então veio o frio, que chegou mais vagarosamente já que, como não estava trabalhando, não tenho ido a São Paulo, e aqui no litoral o calor é persistente. Mas fato é que o recebi de braços abertos com um prazer intenso jamais sentido com esse experimento. O frio, muitas vezes em minha vida, em meu coração, em minha poesia, foi sinônimo de dor, de solidão, de recolhimento, tristeza, e nesse momento, surpreendentemente tenho o recebido como o silêncio após horas numa festa com um barulho ensurdecedor. Os dias cinzas abriram os braços e vão me acolhendo. Enfim me sinto em casa.
Os pensamento se organizam e parecem que os pedaços de mim a tantos anos perdidos (talvez desde a infância venho me despedaçando) estão se juntando, se reencontrando.
Ainda é uma sensação estranha, tão estranho como gostar, sentir prazer com o frio, é me reconhecer. Eu, com alguns pedaços já encontrados, conseguindo conviver com eles em perfeita harmonia.
Tenho medo, o mesmo medo de sempre...medo de perder o que é bom.
Porque é mágico se achar, porque o ponto de equilíbrio é um lugar onde jamais imaginei conseguir chegar...Mas será até quando? Vou agüentar aqui?
Nunca consegui acostumar a conviver com a pessoa imprevisível que sou. Mas será que realmente sou assim, ou essa é apenas o eu despedaçada. Será que eu com os meus a tantos perdidos pedaços sou quem? Sou alguém? Como saber se nunca consegui saber quem eu era antes.
Só sei que cansava de mim, de todas as mudanças que aprontei, de todos os sentimentos e loucuras que transpunham os poros, saltavam do meu peito e não podiam ser controlados, de tanto descontrole, da falsa maturidade, da falsa eu porque ninguém aceitaria ou suportaria....AAAAaaaa...esquece! Só não quero mais.
Então chegou a calma do frio. Hora de me recolher, de reencontrar os meus, meu lar, minha casa....

terça-feira, 14 de abril de 2009

Sobre o trabalho

No trabalho há algo de belo ligado a satisfação, a realização, mas trabalho sem tesão, trabalho sem realização, vira trabalho mecânico, trabalho repetição, passar os dias...trabalho vira dinheiro e só.
E quantas coisas nas nossas vidas acabam se reduzindo apenas a dinheiro?
Mas trabalho é dia a dia. Acordamos trabalho, e voltamos para casa trabalho...
Resumimos trabalho a dinheiro que é o fator bom que conseguimos pensar logo de cara e escondemos, camuflamos as outras palavras com a qual definiríamos, pois se dermos ouvidos a tais como frustração, tédio, humilhação, entre tantas outras é possível que se desencadeie uma reação não desejada.
Conheço muitas pessoas que escolhem ir vivendo ao invés de questionar. Não se entender, não se escutar, não se conhecer... a falta de conhecimento que ajuda a viver. A ignorância bela.
Estava lendo um conto de Clarisse Lispector sobre uma mulher, dona de casa, que ao avistar um cego mascando chicles da janela do ônibus, ao observá-lo, não conseguia mas ser a mesma. Se viu imersa a uma série de realidades. Fiquei pensando: Aquela mulher aceitava a vida e vivia dia após dia até um fato, o cego, desencadear a verdade, o sentimento.Eu como boa bipolar que sou ( não que isso seja bom) tenho clicks a todo o momento. Simplesmente existe a voz que precisa de um sentido nas coisas que faço, um sentido todo estruturado, porque existe um eu transbordando pelos meus poros e não consigo pará-lo. O cego mora em minha mente e escuto ele a mascar seu chicles.
Estou cansada e de saco cheio de um trabalho inútil, que me paga um bom salário, então, continuo. Há tempos jogaria tudo para o alto e iria embora, mas eu não posso mais agir assim.
Com o tempo, vocês que acompanham esse blog verão que isso é meio contraditório em mim, porque muitas vezes tento me desvencilhar dessas amarras. Mas não é só o que os outros esperam, é o que eu espero de mim também...
A pergunta que já rodou séculos é: o que é loucura???Normal seria aceitar com paz e resignação tudo, a vida. Para isso? Remédio

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O EU em terceira pessoa

Tenho saudade de mim, do EU que um dia fui e, deixado para traz, não volta mais.
Na vida diversas coisas são cíclicas, mas o EU não é. E a vida fez reinventar-me por tantas e tantas vezes que fui deixando para traz alguém que já lembro em terceira pessoa.
Vivo me perguntando se não está escondido por baixo dessa casca grossa. Pois é exatamente o que acontece. No baile da vida vamos vestindo fantasias. Ela, a vida, sedenta para nos enquadrarmos logo, chegando a fazer a adaptação através da transformação uma necessidade vital. Aí está a pureza das crianças! E já não tem mais volta! Temos até marcas e cargas que carregamos e nos vangloriamos por estarmos mais forte, por termos aprendido. Mas seja sincero! Não me diga que foi melhor passar por aquela infinita dificuldade ou por aquela perda dilacerante. Já sobrevivi sim, mas quer saber a verdade? Preferia ter continuado ingênua, com os olhos doces, e menos sábia com certeza (com a sabedoria de menina que basta e pronto)
. Claro que isso não é para mim...rsss... é apenas um pensamento de uma alma que se sente cansada por vezes.Sou estudiosa dos sentimentos humanos. Tenho necessidade de viver, de experimentar, de entrar no mundo do outro. Acho um grande mistério a formação de cada ser particular, cada um em um mundo tão pessoal, e cada palavra dita, cada situação, que as vezes simples aos olhos dos outros a você marcou muito, formaram cada um. (Ao ver um mendigo na rua, um senhor na praça, a moça nervosa no metro eu viajo tentando identificar o que levaram aquelas pessoas ali. Quais são as verdades delas. Uns gostam de julgar, eu gosto de conhecer simplesmente, de entender. ). Mas a vida é uma roda maluca que cansa!
E no fim o que queria mesmo dizer é que tenho saudade de mim....e quando a saudade é de outras pessoas, ou nos conformamos pela morte ou a procuramos, mas esse EU não está nem morto e também me parece impossível encontra-lo

O MAIOR DESEJO DA BOCA É O BEIJO

Preciso de mulheres fortes de mulheres que me envolvem..
Eu gosto dos que sabem, dos que podem
O beijo forte do desejo, dos braços que me agarram
Transito pelos mundos sou várias e permito!
Acordo e dou entrada as vontades que me invadem
Sou todos, sou muitos, e só eu caminho


De repente todos os sons se calaram, e na calma brisa que tocava nossas peles havia uma flagrância doce. Nossos olhos se tocaram, e um frio percorreu o meu corpo me causando êxtase . Deliciei-me naquela sensação de criança de 12 anos apavorada, congelada diante do primeiro beijo. Mas os olhos dela eram confiantes apesar de conter o mesmo brilho. Entre nossas bocas desejo, um desejo vindo da boca e sentido por cada poro do meu corpo, um desejo incontrolável, inefável, devastador. Respiração já ofegante ...e o beijo se fez como uma flor que se abre. E percorreu todo aquele seu minuto forte e lento, doce e intenso.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sentido Contrário

Encontro um vazio dentro de mim ligado intimamente aquela pessoa que não fui, mesmo sabendo que se a tivesse sido me restaria o vazio quanto essa pessoa que sou hoje.
A vontade é de que pudesse ser várias, de viver diversas vidas em uma! Mas temos que aceitar que nos resta escolher; as pessoas que vão apenas passar e as que vão ficar, as histórias, os momentos...a vida. Aquela que escolhemos viver, que sabemos ser ótima, contra aquela que poderia ser talvez tão boa quanto, ou melhor ainda.
Essa outra vida, a que não vivemos, me assombra. Talvez a vontade mais plena e persistente dentro de mim fosse de simplesmente viver sem sentido!! Nada definido. E acredito que você, ao ler essa frase, já ,nem que inconscientemente, sentiu preconceito. Porque a vida cobra, e cobra muito.
Já tive a doce iluzão adolescente de que peitá-la sera fácil. E já até mesmo peitei e levei ao limite (ao meu claro). Mas quer saber? Cheguei a um ponto que não importa. Cansei! O sentido contrário ( ou OS sentidos) cansam.
Se me sinto feliz no sentido em que sigo hoje? Só posso dizer que em paz...Engraçado é que antes, quando tudo era muito difícil, quando não sabia qual ia ser o dia de amanhã e as preucupações eram milhões de vezes maiores do que as que eu tenho hoje, lembro de sentir diversas vezes aquela sensação de felicidade. Aquela que agiganta, que faz parecer que podemos abraçar o mundo e os vazios disaparecem...( espero que você já tenha sentido isso).
Mas como eu disse ... são escolhas...e em cada época a sua, pois conforme vamos mudando, e eu estou constantemente em transformação, nossas necessidades mudam...No momento, mesmo que isso em algumas noites me inquiete, eu precisava apenas de paz...

.... Pois o nome dela agora é saudade e sua paixão virou rio...