domingo, 25 de julho de 2010

 Tive um fim de semana cheio de sentimentos e emoções. Muitas coisas e reflexões.
  Na sexta, estava na estrada, voltando de viagem, vi uma moto em alta velocidade passando e naquele momento, balançando minha cabeça negativamente, me veio tudo que venho a pensar e remoer nos últimos meses. Ando achando o mundo tão virado, tudo ao contrário, como um não me encontrar nele mesmo. Aquilo que é dito "legal"  me parece o absurdo. E olha só que maneiro! Os caras numa motona a 200 por hora. Poís é, talvez até fosse e minhas teorias fossem por água a baixo se um minuto depois não tivéssemos que desviar dos dois estirados no chão, da moto despedaçada e de uma pessoa amiga que tentava impedir que os carros passassem em cima. Naquele momento comecei a chorar. As lágrimas vieram, assim sem aviso. Um que de tristeza, de revolta, de saber que a gente precisa cair para entender aquilo que nos foi dito muitas vezes. Nesse caso precisarão ter sobrevivido. E então pensei nas mães.
 E lá no chão eles ficaram, e adiante minha vida seguiu, e comentamos sobre o ocorrido e expomos, e esquecemos. Assim cheguei em casa, dei risada com minha irmã ( que está hospedada aqui ) e fui dormir feliz, planejando o amanhã e em paz com o coração.
 O sábado...rsss. Esse tinha tudo para ser bom, o problema é que sempre me preparo e ontem não me preparei, e as pessoas machucam. Fiz compras feliz, e mais ainda por achar uma coisa que um amigo pediu e queria muito. Mas fui recebida por alguém que amo com palavras ásperas. Está certo que já estou acostumada, mas não estava preparada e é isso. E ai, já não consegui ser natural, e vim embora, e estava triste. Liguei para uma amiga. Queria dividir, soltar o choro reprimido, mas antes que isso acontecesse tocou a outra linha e era um amigo que não via há 3 anos! Almoçamos, falamos da vida, do futuro (está prestes a casar) e de tudo mais, de tudo que fomos e do que esperamos... foi bom. Mas de volta a casa percebi que ia ser uma daquelas noites longas de quando o coração tá pequeno. Tomei algo para dormir, para pular e pulei.
Domingo... acordei sonolenta, zapiei, zapiei e começou a F1. Sério! Alguém me dá uma explicação????? Queria tomar banho, comer alguma coisa mas fiquei ali, de olhos grudados, tensa. Numa pequena torcida e a cada incomodo olhava e reparava .." não, agora só mais 30 voltas, mais 15...) E simplesmente a Ferrari me manda o Massa deixar o Alonso passar... E eu quero saber de regra de equipe?????Que M!!! Sério. Vc tá assistindo ao jogo de futebol, seu time ganhando apertado e ai, nos 40 do 2º tempo todos os jogares do seu time param, o time adversário mete quantos gols quiser e saem vencedores!!!!AIii... não vi o fim! Mudei de canal.
 Aí que o humor não estava dos melhores. Minha mãe ao telefone, pequena discussão Minha irmã me chamou para ir a Benedito mas não quis e fiquei. Eu e minhas minhocas, e por minhocar demais peguei um táxi ( pq tava mais para ser levada do que para me levar) e fui encontrar com ela. Lembrei que precisava comprar um presente. Fui ao shopping! No shopping, uma loja, um cheiro, uma lembrança...um coração cheio. Livraria!!!!
 Como eu queria não trabalhar. Ficar sentada em uma livraria dessas, grandes, e ler...ler muito! E escrever! Separei 3 livros e fui os conhecendo. ( liguei para minha mãe e disse um eu te amo)Lya Luft , um que falava sobre o amor e sobre Camboja,e um que em seu enredo descreve minuciosamente Veneza. Aiiiii! Tinha que escolher um e fiquei com Veneza. Como quero conhecer Veneza... Como estou me deliciando com essas palavras! E digo mais. Quando chegar, o La Marangona soara suas nobres badaladas reconhecendo minha alma...rss. Não. Vamos combinar? Veneza é a minha cara!
Consigo terminá-lo ( o fds) com boas emoções e na volta para casa percebo que é lua cheia, sorrio, converso com ela e sigo. Vai começar uma semana maravilhosa.  Sensação de batalhas cheias de vitórias!

sábado, 10 de julho de 2010

Porque já fui criança, e adolescente. Já fugi de casa, quis sumir e também quis todos presentes. Já senti que o amor não poderia caber no meu coração de tão grande e já o senti vazio. Fui casada e muito feliz, e tb fui solteira e livre. Eu já fui forte o suficiente para enfrentar, e frágil para me esconder. Já confiei e tb já achei que nunca mais poderia acreditar. Tive uma pena infinita de algumas pessoas e já fui realista. Tive muitos amigos e eles já me couberam na palma de uma mão. Já fiz tantas coisas nesses anos tantos...
Ontem um amigo me disse uma coisa estranha, e não quero repeti-la ( acho que ele nem imagina que fiquei pensando sobre o assunto), só quero dizer que fizemos muito e exatamente o que deveríamos ter feito até aqui. Em nenhum ponto fracassamos. Voltamos para casa qnd precisamos, fomos embora quando necessário. Construímos nossos caminhos e é óbvio que nem tudo deu certo porque senão não teria graça nenhuma. Mas é claro demais que vencemos! Amamos as diversas vezes que isso nos pareceu certo e seguro... e nos enganamos, redondamente! E daí? A vida é feita de tantas possibilidades!! Realmente eu não ligo. Importo com o que eu acredito! Aliás, minhas vitórias hoje ( nesse momento mesmo) me dão a graça de mais uma grande batalha que chega ao fim. E tem muitas outras pela frente.Não me venham com bobagens. É difícil, muito. Mas quem falou que seria fácil? Como escutei da minha querida irmã...se fosse fácil não se chamaria vida!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

"...perder o vazio é empobrecer..."

Sou uma pessoa de tantas palavras, e por hora emudeci no voo daquele pássaro, como se a sensação fosse levada embora. Há tempo para tudo, até para o vazio gostoso que as vezes nos faz uma falta imensa. O incomodo é aquilo que não estamos acostumados...No momento acontecem muitas coisas com as quais não estou acostumada, que chega a ter falta de espaço, pois quero vazio. Então vou me esvaziando aos poucos, mandando embora o que já não me serve mais. Porque aos 28 senti vontade de brecar, de balancear, de pensar mais em mim! Uma decisão de levar a vida menos a sério, de não mais esperar, de nunca mais esperar. E isso me faz não querer esperar nem filas, nem pessoas, nem sentimentos, ou algo em troca. Não posso dizer que as pessoas estejam erradas em seu egoísmo, talvez eu venha sendo altruísta de mais. Mas estou feliz e disso tudo é o que realmente importa. Sempre falei da grande capacidade de me reinventar e essa já não me serve mais. Quero apenas essa pessoa que sou. Simples e complexa como sou. E agora tudo me parece calmo.